O QUE É ENSAIO NÃO DESTRUTIVO?
ENSAIO NÃO DESTRUTIVO
Ensaio Não Destrutivo, por definição é o nome que se dá ao processo de avaliação aplicado à componentes, peças ou estruturas para verificar a sua integridade, sem modicar suas propriedades físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais, de tal maneira que ela não seja danificada e que sua capacidade para operar ou cumprir sua função não seja comprometida, nem mesmo alterada.
Os Ensaios Não Destrutivos, também conhecidos pela sigla “END” ou “NDT” do inglês para “Non Destructive Test”, são testes que podem ser realizados em diferentes etapas do processo de fabricação ou manutenção, por meio de práticas de inspeção utilizadas para o controle de qualidade.
Ficou difícil de entender? Vamos explicar.
O ensaio consiste basicamente em tentar identificar algum tipo de defeito em um componente sem causar qualquer dano ou alteração a ele. Daí o nome, ensaio não destrutivo.
Que tal um exemplo? Imagine uma pessoa que quebrou o braço e vai ao médico para fazer uma radiografia e verificar qual foi o dano causado ao osso. O médico não precisa realizar nenhum procedimento invasivo para verificar a fratura. Este tipo de exame identifica o problema sem alterar qualquer característica ou comprometer a função do braço.
Em outras palavras, são testes que buscam garantir e verificar a qualidade e integridade de materiais. Neste caso, aplicados à componentes industriais.
As principais aplicações dos Ensaios Não Destrutivos podem ser encontradas em diversos segmentos industriais como: automotivo, óleo e gás, aeroespacial, ferroviário, nuclear, dentre vários outros, sendo amplamente utilizados para verificar a qualidade nas inspeções de solda e para garantir a integridade em materiais fundidos, forjados, laminados, extrudados, assim como em outros tipos de materiais.
Algumas das técnicas mais conhecidas de Ensaios Não Destrutivos - END são:
- Ensaio Visual
- Líquidos Penetrantes
- Partículas Magnéticas
- Ultrassom
- Raio-X
- Correntes Parasitas
- Emissão Acústica
- Estanqueidade
- Termografia
MAGNAFLUX E A ORIGEM DOS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
Até o final do século vinte, os END eram realizados com a aplicação de técnicas muito rústicas e eram pouco utilizados nos processos fabris. Os exames muitas vezes eram realizados de forma visual, auxiliados por lentes de aumento de pouca potência. Outra forma de verificação era feita através de testes auditivos, golpeando partes metálicas com um martelo e escutando se havia alguma diferença na vibração dos sons emitidos.
No início dos anos 20, foi demonstrado que o Raio-X, até então utilizado somente pelos médicos, podia ser aplicado em outros materiais para a identificação de possíveis defeitos. Embora a radiografia podia detectar defeitos subsuperficiais ou no interior das peças, este método era dispendioso, com alto custo de aplicação. Necessitava-se muito de um método de ensaio mais econômico e que pudesse ser realizado em maior escala para localizar os possíveis defeitos na superfície do material e descontinuidades em grandes quantidades de peças para acompanhar o avanço da própria indústria.
O Ensaio por Partículas Magnéticas foi introduzido no mercado o final dos anos 30, baseado no princípio de utilização de uma peça de metal e na aplicação de partículas magnéticas para encontrar defeitos microscópicos, sem causar qualquer dano à peça. Esse foi o início da história da empresa e a base para a constituição da Magnaflux, fundada em 1929 por A.V. de Forest, um engenheiro pesquisador e professor do MIT.
Com este método, trincas superficiais e outras descontinuidades de superfície ou subsuperfície podiam ser facilmente identificadas em materiais ferromagnéticos. Por possuir baixo custo e ser de fácil aplicação, os inspetores facilmente passaram a aplicar este método nos processos de controle de qualidade.
Com o crescimento da utilização do alumínio e outros materiais não ferrosos, surgiu também a necessidade de uma aplicação que pudesse identificar defeitos superficiais. A demanda era por um método rápido, barato, eficaz e tão confiável quanto o método de Inspeção por Partículas Magnéticas, mas que pudesse ser aplicado em materiais não magnetizáveis.
O Ensaio por Líquidos Penetrantes surge então, no ano de 1942, quando os funcionários da Magnaflux, Carl E. Betz em conjunto com F. B. Doane, decidem explorar novos métodos de inspeção e após uma série de pesquisas e testes práticos, chegam a uma solução extremamente eficaz para a identificação de falhas ou descontinuidades em materiais não ferrosos.
Durante aquela década, diversas melhorias foram feitas no desenvolvimento da Inspeção por Líquidos Penetrantes, aprimorando sua aplicação e ampliando sua utilização na indústria. Após mais de 20 anos, o uso dos Líquidos Penetrantes se tornou indispensável para algumas aplicações, tornando-se um dos métodos mais utilizados nos Ensaios Não destrutivos juntamente com as Partículas Magnéticas.
A Magnaflux está sempre presente para garantir que os materiais utilizados na construção de tudo – automóveis, pontes, aeronaves, equipamentos pesados, edifícios e estradas de ferro – possam lidar com as tensões da utilização diária. Também ajudamos os engenheiros, técnicos e mecânicos a saber quando essas peças chegaram ao fim de suas vidas úteis.
As pessoas não utilizam nossas soluções para testar produtos.
Elas utilizam produtos da Magnaflux para tornar o mundo um lugar mais seguro.
OS BENEFÍCIOS DOS ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
Os Ensaios Não Destrutivos, são hoje, uma das principais ferramentas para garantir o controle de qualidade em diversos tipos de segmentos industriais. As principais vantagens de sua aplicação, são:
Minimizar os riscos
|
Identificar qualquer problema de forma antecipada evita que isso se torne algo maior.
|
Reduzir custos
|
Retrabalhos, reprocesso ou refugo geram custos que podem ser reduzidos.
|
Melhorar o desempenho
|
Certificar que o componente irá atuar da melhor forma possível, sem falhar.
|
Garantir a segurança
|
Acima de tudo, garantir a integridade e a vida das pessoas que utilizam ou dependem destes componentes.
|
A aplicação dos Ensaios Não Destrutivos busca manter a integridade dos materiais e peças que são inspecionados na identificação prévia de defeitos, evitando perdas produtivas, retrabalho, falhas de manutenção, entre outros problemas que podem ocorrer num processo de fabricação.
Hoje em dia, os Ensaios Não Destrutivos e o nome MAGNAFLUX são sinônimos. Desde o início dos anos 30, as soluções da Magnaflux têm se entrelaçado com a história da indústria, seja na fabricação, no desenvolvimento ou na inovação, em todo o mundo.
É difícil imaginar um evento significativo da evolução industrial nos últimos 80 anos sem relacioná-lo ao nome MAGNAFLUX. Desde as oficinas de fabricação e manutenção das primeiras aeronaves, até os laboratórios de teste da NASA, que puseram o primeiro homem na lua, a MAGNAFLUX sempre esteve presente.
De olho no futuro, a Magnaflux continuará desempenhando este papel. Com a necessidade de diminuir os custos totais de fabricação, as soluções da empresa estão evitando que se desperdice tempo, materiais, máquinas e mão-de-obra.
Onde existir o desejo de estender os limites ou de simplesmente alcançar um melhor padrão, a Magnaflux estará lá para ajudar a melhorar a qualidade, reduzir os custos e aumentar a produtividade. Juntos por um mundo mais seguro.